Como crescer 3 dígitos – Alexandre Maioral

Imagem: LinkedIn

Onde devem investir as empresas?

Veja a resposta de Alexandre Maioral, CEO da Oracle Brasil, orador nos CEO Talks e em entrevista à Revista EXAME.

O CEO da Oracle Brasil, Alexandre Maioral, aborda um método infalível para as empresas conseguirem crescer 3 dígitos.

Numa reportagem da jornalista Beatriz Correia, jornalista da EXAME Brasil, o profissional diz que nos dias que correm, “os dados são o maior tesouro de uma empresa”. E aponta para outros fatores que influenciam o crescimento, sem ser a faturação.

Para o responsável da Oracle no Brasil, estas são as áreas onde as empresas devem investir:

  • Diversidade
  • Inclusão
  • Educação
  • Cuidados com os clientes

A Oracle foi, aliás, incluída na Forbes’ Best Employers for Diversity 2022. “A criação de um local de trabalho inclusivo e diverso é um esforço importante e contínuo. Por isso, a Oracle tem orgulho deste progresso e está comprometida com o trabalho”, lê-se no site da empresa.

Evolução de uma empresa

Independentemente de se tratar de um pequena, média ou grande empresa, o crescimento é uma preocupação constante e o maior desafio de qualquer negócio. Mas o aumento da faturação só é atingido quando se tem em conta a sociedade onde está inserida.

“Para mim, isso é consequência de crescer 3 dígitos em outros pilares como o de diversidade e inclusão, de cuidar melhor dos nossos clientes e das nossas pessoas, e de crescer três dígitos na educação também. Se alcançamos esses números, nós alcançamos o crescimento de três dígitos em tamanho de empresa, funcionários, faturamento. E nós tivemos essa experiência”, explica Maioral. 

A Oracle surgiu em 1977, nos EUA, e é uma das maiores empresas de tecnologia a nível mundial. O âmbito dos seus negócios inclui produção de hardware, serviços de nuvem, blockchain e soluções de mercado. Começou como o banco de dados mais seguros do mundo, mas passou a desenvolver diversas soluções tecnológicas. Atualmente, está presente em todas as regiões do planeta, empregando 130 mil pessoas, 2,5 mil das quais no Brasil. 

Larry Ellison, fundador e CEO da empresa, continua a participar de forma ativa nas decisões da empresa. Mas, desta vez, foi o responsável no Brasil a ter a palavra no CEO Talks, um programa de entrevistas com administradores de grandes empresas.

Alexandre Maioral falou sobre o desafio de manter funcionários de tecnologia na empresa, já que este mercado é muito movimentado e oferece ótimas oportunidades. Abarcou ainda os desafios da liderança. “Os funcionários são pessoas, os clientes são pessoas e os investidores são pessoas. Se você não sabe lidar com pessoas, então você não sabe tocar um negócio”.

A importância dos dados

Na entrevista à EXAME, Alexandre Maioral acredita que “o dado hoje é o maior tesouro que qualquer empresa tem e, por isso, aumentaram os ataques cibernéticos no Brasil e no mundo”.

No maior país da América Latina, a cibersegurança é uma questão cultural. “Apenas 15% da população nacional possui seguro de vida, enquanto nos Estados Unidos esse número chega aos 75%. Ou seja, segurança não é algo tão prioritário na cultura latina”, afirma. 

No entanto, os últimos tempos revelaram a real importância dos dados na tomada de decisões nos negócios. “Para nós (Oracle) que nascemos com a segurança e os dados no nosso DNA, foi o cenário perfeito e implementamos esses dois focos em todas as nossas soluções. O Brasil mudou o mindset”, explica Maioral. “As empresas perceberam que não cuidar dos dados e ser vítima de um ataque pode acabar com um negócio”.

Por outro lado, a pandemia veio acelerar a tecnologia. Um exemplo: “um varejista que tinha apenas uma loja física, se não conseguisse abrir um canal digital para vender, fecharia as portas, como muitos fecharam. Projetos que esperávamos que fossem feitos em 2, 3 ou 5 anos, foram feitos em meses, por questão de sobrevivência”. 

O executivo também falou sobre uma das tendências de tecnologia para as próximas décadas: o Metaverso. O responsável acredita que este “não vai ser o principal negócio das companhias, mas vai ser o canal que as companhias preferencialmente vão procurar ter, porque é um caminho para alcançar um nicho específico das novas gerações”.

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