Hidrogénio verde: Brasil constrói maior fábrica do mundo

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Imagem: Unigel

A Unigel, a segunda maior petroquímica do Brasil, anunciou um investimento de USD$ 120 milhões para a construção da primeira fábrica de hidrogénio verde no país. O plano é que a seja a maior fábrica do mundo deste tipo de energia alternativa.

“É um movimento que vai nos colocar na liderança da descarbonização do Brasil”, diz Roberto Noronha, presidente da empresa.

Criada em 1966, a Unigel foi fundada em 1966 e possui 27 fábricas em 11 complexos no Brasil e no México. Atualmente dá emprego a 2 mil funcionários, com o novo projeto a criar mais 500 vagas diretas e indiretas.

Sobre a nova fábrica de hidrogénio verde

A receita de 2021 ascendeu a R$ 8,5 bilhões e lucro líquido a R$ 882 milhões.

Prevê-se que a fábrica entre em funcionamento no final de 2023, produzindo 10 mil toneladas de hidrogénio por ano, numa primeira fase. Parte desse hidrogénio verde será convertida em amoníaco verde (60 mil toneladas).

“O hidrogénio verde é a energia do futuro e o mundo tem um desafio de como produzir mais energia limpa, que vem da energia solar e eólica. O Brasil tem uma oportunidade de ser fornecedor de energia limpa à escala industrial, com hidrogénio verde, para todo o mundo”.

– Joaquim Leite, ministro do Ambiente do Brasil

O projeto coloca o Brasil na vanguarda da produção industrial de hidrogénio verde.

A planta fabril está localizada nas infraestruturas da empresa, no polo petroquímico de Camaçari e no porto marítimo de Aratu, ambos no estado nordeste da Bahia.

Esta região brasileira, bem como outros estados litorais, demonstra condições climáticas favoráveis, com sol e vento abundante. Um fator que torna a produção de energia economicamente mais acessível.

“O nosso investimento é um investimento pioneiro e, com certeza, quando a fábrica começar com hidrogénio verde e amoníaco verde, será a maior do mundo e estaremos com o Brasil na vanguarda do desenvolvimento atendendo ao processo de ‘descarbonização’ no mundo”, diz Roberto Noronha, presidente da Unigel.

Uma segunda fase do empreendimento terá início em 2025, com a produção quatro vezes superior (40 000 toneladas por ano de hidrogénio e 240 000 toneladas de amoníaco), numa área de 60 000 metros quadrados.

“O hidrogénio verde vai ser a fonte energética do futuro da humanidade, pois, na sua essência, é absolutamente limpo”, acrescenta o responsável.

Utilizações do hidrogénio verde

O hidrogénio verde pode ser utilizado, sob a sua forma pura ou transformado em amoníaco, como matéria-prima essencial em:

  • Siderurgia
  • Refinarias
  • Fertilizantes
  • Transporte de navios e aviação
  • Setor automóvel (camiões e autocarros)

A disponibilidade do hidrogénio verde promete contribuir para vários outros segmentos industriais no processo de descarbonização. A aposta na produção deste combustível está a ser feita em países como Espanha e EUA, mas em menor escala.

Esta fonte de energia reforça a “economia fértil, não só para reduzir a emissão de gases, mas também para ser inovador”, afirma o responsável político. O hidrogénio verde tem 85% de potencial da energia proveniente de fontes renováveis como a hídrica, eólica e solar.

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