Hotelaria portuguesa com boas perspetivas para 2022

Mulher de costas virada para uma vista sobre a Baixa de Lisboa a partir da janela de um quarto de hotel

Este verão, o setor hoteleiro em Portugal revela taxas de ocupação superiores – entre os 40% e os 59% – relativamente ao período pré-pandemia. Os hotéis localizados no Algarve e nas regiões autonomias dos Açores e da Madeira são os que esperam mais turistas.

Por outro lado, a região Centro é a que regista menos reservas, com números semelhantes a 2021, entre 20 e 39%.

A Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) levou a cabo um inquérito sobre as reservas efetuadas. A conclusão aponta para a superação dos números obtidos em 2019 (até agora um recorde para a hotelaria nacional) até ao final de 2022 ou início de 2023.

“O que é bom para Portugal neste processo, é que a recuperação turística em Portugal se está a fazer mais rapidamente do que na generalidade dos territórios, quer no contexto europeu, quer no contexto mundial”, considera Bernardo Trindade, antigo secretário de Estado do Turismo, recentemente eleito presidente da AHP.

Tendência: Last Minute

A tendência atual é reservar a estadia em cima da hora – o chamado last minute – com possibilidade de cancelamento. Os hóspedes procuram boas oportunidades de estadia que possam ser anuladas no caso de serem impedidos de viajar. O que significa que tudo pode mudar de repente e que é difícil antecipar comportamentos por parte dos turistas.

A taxa de ocupação regista agora entre 40% e 59% em julho, agosto e setembro.

Reservas por nacionalidade

Os portugueses continuam a ser os principais hóspedes dos hotéis em Portugal. Os mercados emissores de turistas são Portugal, Espanha e França, deixando os turistas britânicos de fora do top 3.

Na passada Páscoa, registaram-se a nível nacional taxas de ocupação superiores a 81%. Madeira, Lisboa, Algarve e Norte foram ainda mais procurados, com uma taxa entre 91% e 100%.

Os preços médios cobrados por noite também estão a subir, depois de uma quebra de valor em 2019 (121 a 140 euros a nível nacional) com os hotéis de Lisboa, Algarve e Alentejo a cobrarem valores superiores). A estadia média é de 2,6 noites, com Açores, Madeira e Algarve a registarem estadias mais longas.  

A falta de mão-de-obra continua a ser um dos grandes problemas do setor, juntamente com a subida da inflação e a instabilidade geopolítica causada pela guerra na Ucrânia.

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