KPMG 2022 CEO Outlook Brasil

KPMG 2022 CEO Outlook Brasil destaca a resiliência como uma das principais habilidades profissionais. Esta capacidade de resistir ao pior demonstra ser uma significativa vantagem competitiva para as empresas, decorrente de outros cenários adversos enfrentados em 2022.

Por isso, essa foi a palavra-chave do estudo KPMG 2022 CEO Outlook, produzido pela KPMG. Não só no Brasil, mas a nível global.

O relatório teve em conta as seguintes entrevistas:

  • 1.325 líderes do grupo core countries (Alemanha, Austrália, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido)
  • 255 CEOs de alguns países da América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela)
  • 50 executivos brasileiros que lideram organizações de diferentes setores.

O estudo desenhou um retrato atual sobre o que pensam os CEOs que atuam em escala nacional, regional e global com relação ao desenvolvimento dos negócios, desafios enfrentados pelos líderes e estratégias para os próximos anos. Entre os principais temas abordados em 2022, além da resiliência, estão o cenário econômico, a transformação digital, talentos profissionais e fatores ESG.

Otimismo no Brasil

A nível global, dois eventos influenciaram mudanças significativas nos âmbitos social, político e económico: o fim próximo da pandemia e a guerra da Ucrânia, no Leste Europeu. Como adequação a esse momento, as organizações – exercendo sua resiliência – encontraram soluções alternativas à interrupção e ao bloqueio de serviços e de bens.

Entre as estratégias traçadas pelos CEOs, estiveram presentes, por exemplo, a reestruturação das cadeias de fornecimento e a reorientação sobre os modelos de trabalho propostos aos funcionários ao redor do mundo.

Os dados revelaram o otimismo brasileiro em claro contraste com a amostra global.

No Brasil, a maioria dos CEOs (56%) acredita que a recessão não acontecerá nos próximos 12 meses. Já no grupo global, a grande maioria (86%) dos líderes pensa o contrário e espera pela recessão no futuro próximo.

Os brasileiros entrevistados mostram-se também mais confiantes do que seus pares globais: enquanto na amostra global 85% dos líderes estão confiantes ou muito confiantes sobre o crescimento das empresas para os próximos três anos, na amostra brasileira, esse percentual chega a 94%.

Segurança cibernética

O crescimento dos casos de ataques cibernéticos no Brasil refletiu-se no estudo deste ano, com os CEOs mais cautelosos do que no ano passado. Quando questionados se suas empresas têm um plano para lidar com um ataque de ransomware, 82% disseram que sim, sendo que em 2021 esse grupo era de 76%.

Trabalho

Nos últimos dois anos, o trabalho remoto teve uma avaliação positiva ou neutra pela maior parte dos CEOs, tanto no Brasil quanto no grupo global da pesquisa.

Mesmo assim, a maioria dos entrevistados (74% no Brasil e 65% no grupo global) imagina que os funcionários de escritório deverão voltar às instalações da organização nos próximos três anos. Essa expectativa do retorno ao trabalho presencial deve impactar uma série de questões que já foram amplamente debatidas, como mobilidade e flexibilidade de horários.

ESG

Já em relação às estratégias de ESG para o próximo triénio, a maioria dos CEOs defende a adoção de uma abordagem mais proativa para questões sociais, como o aumento do investimento em salários dignos, direitos humanos e uma transição justa de postos de trabalho para uma economia verde (50% no Brasil e 45% na América do Sul).

O estudo mostra que os CEOs têm sido ágeis para ajustar as estratégias de gestão ao cenário de mudança que enfrentam, principalmente as relacionadas com os impactos geopolíticos, crise climática e procura tecnológicas. Por isso, estamos cada vez mais resilientes, conectados e fortalecidos.

Charles Krieck, Presidente da KPMG no Brasil e na América do Sul

Num país familiarizado com cenários económicos adversos e instáveis como o Brasil, o forte otimismo dos CEOs revela uma importante estratégia competitiva de resiliência, alicerçando modelos de negócios preparados para o futuro.

Fonte: KPMG Brasil

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