Onde está Portugal no Ranking anual IMD World Competitiveness Center?

Portugal está melhor na capacidade de atrair talentos, mas pior na formação, motivação e justiça em contexto laboral.

Multidão de jovens sentados na relva. No centro da imagem, um rapaz segura a bandeira de Portugal

O ranking anual do IMD World Competitiveness Center atribui o 26º lugar a Portugal entre 64 países, no que toca à competitividade para desenvolver, atrair e fixar talento. O nível de “Atratividade” subiu da 33ª para a 30ª posição, mas ainda não é suficiente para se comparar com outros países europeus, os melhores classificados na lista. O relatório anual de 2021, realizado em parceria com a Porto Business School, foi divulgado no passado dia 9 de dezembro.

Segundo o jornal Expresso, “os resultados deste ano sinalizam uma degradação dos resultados do país em matérias como “investimento e desenvolvimento” e “preparação”, que colocam Portugal ainda mais longe de países como a Suíça, Suécia e Luxemburgo, as três economias mais competitivas em talento a nível mundial”. 

Depois de dois anos a descer na lista – o melhor resultado foi alcançado em 2018, na 17ª posição do ranking mundial de talento – Portugal volta a não conseguir inverter esta tendência. “Num ano em que todas as economias foram impactadas pelos efeitos da pandemia, Portugal não conseguiu tornar-se mais competitivo”, referiu o reitor da Porto Business School, Ramon O’Callaghan.

O Brasil encontra-se no 60º lugar da lista, tendo descido um ponto em relação ao ano anterior.

Todos os anos, o IMD World Talent Ranking avalia o estado e as competências necessárias para que as empresas e a economia alcancem a criação de valor a longo prazo em 64 economias de todo o mundo. São considerados três indicadores: 

  • Atratividade – A medida em que uma economia atrai talentos estrangeiros e retém talentos locais; 
  • Investimento e desenvolvimento – Em que medida os recursos são destinados a cultivar uma mão-de-obra local; 
  • Preparação – Como é a qualidade das aptidões e competências que estão disponíveis no grupo de talentos de um país.


O ranking sublinha que a motivação das pessoas para o trabalho durante a pandemia provou ser crucial para o sucesso económico. “Os trabalhadores de hoje estão cada vez mais motivados pela alta qualidade de vida, trabalho flexível, e oportunidades de formação no trabalho, enquanto antes era a remuneração a força motriz por detrás do seu desejo de se manterem nos seus empregos”, conclui o relatório.

Há mais de 30 anos que o World Competitiveness Center se dedica ao conhecimento sobre a competitividade mundial, oferecendo serviços de benchmarking para países e empresas através dos dados mais recentes e mais relevantes sobre o assunto.

Pioneira na investigação sobre como as nações e as empresas competem para lançar bases para a prosperidade futura, a instituição acredita que a competitividade das nações é provavelmente um dos desenvolvimentos mais significativos na gestão moderna.

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