Os vales emitidos para compensar o cancelamento de viagens estão “praticamente resolvidos”, anuncia a APAVT. O valor terá atingido os 100 milhões de euros.

Segundo a APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, os vales de viagens emitidos pelas agências, como forma de compensar as viagens canceladas até final de setembro de 2020 devido à pandemia, já não causam litígios “materialmente relevantes”. De cerca de 100 milhões de euros em reembolsos, “uma parte foi viajada, foram utilizados os vales em viagens” e outra “parte dos vales foram reembolsados sob as mais diversas formas”, disse à Lusa o presidente da entidade, Pedro Ferreira.
“Na altura, não havendo valores concretos, porque pertencem aos negócios de cada empresa e não há um registo oficial de todos os inquéritos que fizemos, estimamos que possam ter sido emitidos vales na ordem dos 100 milhões de euros”, esclareceu.
Apesar de não ser possível apresentar números exatos dos reembolsos por viagens canceladas, “há um valor que é possível calcular”, adiantou, referindo-se ao “valor da linha de crédito que era exclusiva para pagamento de vales”, destacou.
No entanto, a APAVT reconhece que ainda existem “clientes com vales que não foram viajados nem reembolsados, que querem ser reembolsados na data limite e as agências não pagam”. A associação calcula que “esse universo não seja materialmente relevante”. O responsável recorda que “os clientes que não forem reembolsados podem sê-lo através do fundo de garantia do setor que responde em nome das agências que não cumprirem”.